domingo, 13 de abril de 2008

Language Manager 2008

Carrissimos leitores, deixai-me agora propalar, neste belo divã, mais uma situação que me contundiu de maneira irremediável.
No passado Domingo, ocorreu a final do maravilhoso Campeonato da Língua Portuguesa, iniciativa que prezo bastante. Penso que o nível com que o povo fala esse dialecto espantoso, que é o Português, deve ser alvo de exposição pública e utilizada para fins recreativos/lúdicos!


O que mais espécie me fez foi a utilização de certos vocábulos, vocábulos esses que deambulam por essas ruas fora disparados de qualquer boca portuguesa.
Palavras como, protelar, bulício, hílare, fímbria ou espressões como, "aforismos quiasmáticos", "sibilinos anexins" ou, a minha preferida, com que termina um dos ditados, "aquele que o doesto não aporrinhasse, o anélito nauseá-lo-ia", foram utilizadas nos textos que os concorrentes teriam de escrever.
Eu compreendo que os organizadores elevem a fasquia, mas será que era necessário este tipo de vocabulário para que os nossos portugueses errem????

Na verdade aquilo foi uma verdadeira filha da putice!

Deviam ter visto a cara lúgubre e assustada de muitas pessoas, naquela sala, enquanto era proferido o ditado, crianças sucumbiam perante o esforço apavorante para acompanhar o ritmo diabólico com que tais palavras eram cuspidas da boca, que habituadas estavam a ver narrar histórias de "Uma Aventura"!

Nunca mais hão-de recuperar!!!!


10 comentários:

Anónimo disse...

Coitadinho!!
Ficaste excessivamente perturbado!!
Nuca mais voltarás a ser o mesmo!

SelectorXrootlesS disse...

Sem dúvidas!

Anónimo disse...

Caríssimo,
Carérrimo,
Caro comòcaraças,
Caro pa-cacete,
Dispendioso, enfim,

propala V.Ex.ª como pode, já que consegue despudoradamente alcunhar de dialecto aquilo a que, pelo universo de falantes, se designa por Língua, desta feita, a Portuguesa !...

Lamento não ter podido seguir esse extraordinário evento, daí que me seja vedado o direito de emitir qualquer juízo. No entanto, avaliando pelos exemplos enunciados por V.Ex.ª, permita-me que reitere a expressão que lhe mereceu preferência e lha remeta, pois que lhe assenta que nem uma luva:

aquele que o doesto não aporrinhasse, o anélito nauseá-lo-ia!

Sem bulício, sequer fímbria de hilariedade, não protelarei por mais tempo este meu comentário.

Atónita me vou
MJM

Anónimo disse...

Como não gosto de jurar em falso, não pude deixar de me documentar. Assim, queira V.Ex.ª permitir que utilize a parede lateral ao seu divã como mural, e pendurar os textos que lhe mereceram tão considerável contusão:


DITADO DA GRANDE FINAL


Texto de Ana Maria Magalhães

Sempre sonhei com viagens que me levassem a países longínquos, de gente estranha e costumes exóticos. Ah! Quantos delírios animaram as minhas insonolências! Mas o tempo ia passando e já me conformara com a ideia de que nunca me seria permitido passar além da fronteira que me coubera em sorte. Um dia, porém, ventos de bem-aventurança trouxeram até mim a desejada oportunidade. Ia finalmente partir, num navio de proporções gigantescas, rumo às terras do sem-fim. No cais, à tardinha, há sempre tanta animação, tanta alegria, que quase desejei protelar o embarque, mas a impaciência depressa se sobrepôs.



Texto de Valter Hugo Mãe

Levava nos olhos um bem-querer a cada manifestação do dia. Havia gente e bichos ali a fazerem bulício, como um pintassilgo raro e multicolor sobrevoando-nos e uma senhora de idade que, tão hílare, parecia grugulejar. Eu fixava a fímbria do horizonte, que era só um gracejo no fim do mar, coisa ténue e feliz à qual chegaríamos. Eu é que seguia feliz, maravilhado pela benemerência concedida pela minha tia que, ao invés de me exerdar, como cheguei a crer, entendeu ocupar-se de minha educação.
Vi a macia ondulação do mar, umas grainhas de luz e, sob o navio, os animais ápodes deviam estar reunidos para nos acompanharem, estava certo disso, e seriam até superfluamente velozes.



Texto de Ricardo Araújo Pereira

Se a cabotagem teve exórdio plácido, depressa descambou. O folguedo da geronte durou três milhas, e ao cabo de quatro a longanimidade da minha tia estava transmudada em prepotência. A primeira, que era dada a aforismos quiasmáticos, sobre qualquer ocorrência soltava sibilinos anexins; a segunda, a quem a ictiofagia avivava eructações tonitruantes, esfuziava os viajantes com injúrias, sem fundamento nem a-propósito. Todo aquele que o doesto não aporrinhasse, o anélito nauseá-lo-ia.


[fonte:
http://www.linguaportuguesa.aeiou.pt/]

Analisem, os leitores, per si
Sua
MJM

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Então?!
A situação, por aqui, continua contusa?
Vamos lá a tirar as ligaduras e a escrever impropérios, ó faxavor!

aSuam

mAmAdA_mAn disse...

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