segunda-feira, 3 de março de 2008

Meu Deus...!

No ultimo sábado estava eu, em mais uma recorrente luta altamente desgastante com o meu telecomando da televisão, a mudar alternadamente de canal (o chamado, vulgarmente, de zapping) quando dou pelas minhas pupilas a contrairem-se (cientificamente está provado que quando observamos algo de bom as pupilas dilatam-se devido à satisfação causada pelo objecto observado) como que estivesse a assistir ao ultimo Sporting vs Benfica, jogo no qual o arbitro realizou uma terrível arbitragem, digna de figurar nas páginas do livro dos piores momentos da história Mundial, uma verdadeira ode aos larápios!

Qual não é o meu espanto quando vejo a professora universitária, bióloga, escritora e historiadora da ciência portuguesa, excelente currículo, Maria Clara Amado Pinto Correia a tentar fazer qualquer coisa que se assemelhasse com o acto de dançar.
Aquilo foi tão mau, que aquela imagem ficou queimada na minha retina e durante um bom par de horas, sempre que fechava os olhos era assolado com os mais terríveis sentimentos capazes de arrepiar o verdadeiro Jack o Estripador.
Não consigo entender o que leva uma pessoa com a cultura de Clara Pinto Correia, uma mulher verdadeiramente inteligente, a entrar nestes esquemas. Nem todos somos obrigados a saber dançar, mas de igual modo não o somos a participar num programa sobre dança, assistido por milhares de pessoas.

Podia agora passar a descrever aquilo que Clara Pinto Correia tentava fazer no meio daquele palco, e não pensem que deixei fugir a oportunidade de elaborar piadas de muito mau gosto com referências à capacidade que ela tem de tornar qualquer homem num verdadeiro misogínio, mas por respeito à pessoa visada e ao seu enorme currículo intelectual, não o faço!
De duas uma, ou foi um acto de verdadeira coragem ou um acto de irreflectida estupidez, em qualquer um dos casos foi de bradar aos céus e é caso para se dizer:

"Clara, não Dances Comigo"
(mas que belo trocadilho que eu fui arranjar, realmente, por vezes fico maravilhado com o meu brilhantismo!)

O ser humano é realmente misterioso, principalmente os mais eruditos!

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